quarta-feira, 30 de março de 2016

Pelas vielas de Saket

Junto com a minha primeira segunda-feira em Nova Deli, meu primeiro dia de trabalho também chegou. Como se não bastasse ter que enfrentar uma empresa completamente nova - e a primeira vez de fato exercendo minha profissão - tive que apurar algum jeito de chegar até meu escritório.

Sem suporte nenhum da AIESEC, falei com alguns colegas e busquei no velho e sábio google como chegar a tempo para o expediente. De baixo de chuva, peguei o ônibus e em seguida desci na estação correta do metro: Saket. Nesse ponto eu já estava feliz e surpreso com a minha capacidade de deslocamento em um país estrangeiro.

Saket Metro Station
Em meio a vários anúncios, uma placa azul indicava a rua principal Western Marg. A foto do mapa no meu celular confirmava que aquele era o caminho que eu deveria tomar. O bairro meio mal planejado fez com que eu me perdesse um pouco e entrasse em ruas aleatórias a procura do meu prédio.

Me vi em uma rua sem saída, depois em outra somente com portões fechados, e nem sinal do prédio esbranquiçado que eu havia visto na internet. Enfim, após perambular por alguns longos minutos, encontrei a rua de terra que terminava em um imóvel com a placa Jaypore.

Lane #5
Ao subir as escadas e explicar toda a minha história, os seguranças indianos - que falavam pouco inglês - pediram que eu esperasse em um sofá para então ser atendido. Enquanto eu caçava com meu celular alguma conexão wireless, uma mulher vestida de amarelo se dirigiu a mim sorridente e me levou até uma sala para que pudéssemos conversar.

Lá ela perguntou coisas sobre a minha vida, experiências anteriores, etc. e eu fui sanando algumas dúvidas a respeito da empresa também. Acho que a trajetória da minha casa até aquela sala foi tão longa que até esqueci que eu deveria estar sentindo nervosismo.

Passados vinte minutos, a responsável pelo meu setor chegou e me acompanhou até a mesa onde eu iria trabalhar. Por conta do fato de eu não ter um computador (e da AIESEC não ter avisado a empresa de que eu precisaria de um, e vice-versa) acabaram me emprestando um notebook provisório para fazer coisas simples nesse primeiro dia.

Ao término do expediente peguei o metro para voltar para casa e vivi o pesadelo diário: pegar o ônibus de volta. Era meu quarto dia na Índia e todos os lugares pareciam ser iguais, atrapalhando mais ainda meu senso de localização que já não é dos melhores.

Segurança sempre em primeiro lugar

Além disso, a maioria das pessoas (senão todas), falam hindi no transporte público. Ou seja, ninguém nunca me entende. E para melhorar, alguns dos ônibus não fazem parada no mesmo lugar sempre, geralmente param quando o cidadão berra algo em hindi. E assim voltamos ao problema número 1.

Durante essa primeira semana eu também consegui a proeza de me perder no meu bairro e de onibus, Por isso deixo uma p*ta dica para qualquer viajante em qualquer parte do mundo: use sua memória fotográfica e guarde pontos de referencia! O que me salvou foi saber a localizacao de um prédio vermelho e uma calcada que eu achei que já tinha visto em algum lugar.... :)  
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