Junto com a minha primeira segunda-feira em Nova Deli, meu
primeiro dia de trabalho também chegou. Como se não bastasse ter que enfrentar
uma empresa completamente nova - e a primeira vez de fato exercendo minha
profissão - tive que apurar algum jeito de chegar até meu escritório.
Sem suporte nenhum da AIESEC, falei com alguns colegas e
busquei no velho e sábio google como chegar a tempo para o expediente. De baixo
de chuva, peguei o ônibus e em seguida desci na estação correta do metro: Saket.
Nesse ponto eu já estava feliz e surpreso com a minha capacidade de
deslocamento em um país estrangeiro.
Saket Metro Station |
Em meio a vários anúncios, uma placa azul indicava a rua
principal Western Marg. A foto do
mapa no meu celular confirmava que aquele era o caminho que eu deveria tomar. O
bairro meio mal planejado fez com que eu me perdesse um pouco e entrasse em
ruas aleatórias a procura do meu prédio.
Me vi em uma rua sem saída, depois em outra somente com
portões fechados, e nem sinal do prédio esbranquiçado que eu havia visto na
internet. Enfim, após perambular por alguns longos minutos, encontrei a rua de
terra que terminava em um imóvel com a placa Jaypore.
Lane #5 |
Ao subir as escadas e explicar toda a minha história, os
seguranças indianos - que falavam pouco inglês - pediram que eu esperasse em um
sofá para então ser atendido. Enquanto eu caçava com meu celular alguma conexão
wireless, uma mulher vestida de amarelo se dirigiu a mim sorridente e me levou
até uma sala para que pudéssemos conversar.
Lá ela perguntou coisas sobre a minha vida, experiências
anteriores, etc. e eu fui sanando algumas dúvidas a respeito da empresa também.
Acho que a trajetória da minha casa até aquela sala foi tão longa que até
esqueci que eu deveria estar sentindo nervosismo.
Passados vinte minutos, a responsável pelo meu setor chegou
e me acompanhou até a mesa onde eu iria trabalhar. Por conta do fato de eu não
ter um computador (e da AIESEC não ter avisado a empresa de que eu precisaria
de um, e vice-versa) acabaram me emprestando um notebook provisório para fazer
coisas simples nesse primeiro dia.
Ao término do expediente peguei o metro para voltar para
casa e vivi o pesadelo diário: pegar o ônibus de volta. Era meu quarto dia na
Índia e todos os lugares pareciam ser iguais, atrapalhando mais ainda meu senso
de localização que já não é dos melhores.
Segurança sempre em primeiro lugar |
Além disso, a maioria das pessoas (senão todas), falam hindi
no transporte público. Ou seja, ninguém nunca me entende. E para melhorar,
alguns dos ônibus não fazem parada no mesmo lugar sempre, geralmente param
quando o cidadão berra algo em hindi. E assim voltamos ao problema número 1.
Durante essa primeira semana eu também consegui a proeza de me perder no meu bairro e de onibus, Por isso deixo uma p*ta dica para qualquer viajante em qualquer parte do mundo: use sua memória fotográfica e guarde pontos de referencia! O que me salvou foi saber a localizacao de um prédio vermelho e uma calcada que eu achei que já tinha visto em algum lugar.... :)
Durante essa primeira semana eu também consegui a proeza de me perder no meu bairro e de onibus, Por isso deixo uma p*ta dica para qualquer viajante em qualquer parte do mundo: use sua memória fotográfica e guarde pontos de referencia! O que me salvou foi saber a localizacao de um prédio vermelho e uma calcada que eu achei que já tinha visto em algum lugar.... :)