quarta-feira, 30 de março de 2016

Perdemos a indonesiana

No dia 13/02/2016 fomos convidados para ir a um festival com um colega indiano. O The World Culture Festival 2016, que foi uma celebração de 35 anos de serviço, humanidade, espiritualidade e valores humanos de um projeto chamado Art of living. O festival celebra durante três dias a diversidade de culturas de todo o mundo, destacando simultaneamente a nossa unidade como uma família humana.

Art of living está presente em 155 países, é uma organização sem fins lucrativos, educacional e humanitária fundada em 1981 pelo filantropo de renome mundial e líder espiritual, Gurudev Sri Sri Ravi Shankar. Aqui as pessoas realmente o idolatram e o consideram como alguém enviado por Deus.

Sri Sri Rava Shankar (Foto: Reprodução)
Para chegar lá pegamos um ônibus e o metro, depois fizemos uma troca de linha, o que durou cerca de 1 hora. Minha cabeça de vento fez com que eu esquecesse meu cartão de passagens em casa e tive que comprar um token para poder pegar a linha. Aqui você passa o cartão na estação de origem e no destino final, uma vez que o valor da passagem depende da distância percorrida.

Chegando lá, andamos bastante e passamos por 4 revistas até alcançar o lugar em que o evento estava acontecendo. Aqui existem revistas em todos os lugares por conta de recentes atentados com bombas. Cruzamos campos com pequenos barracos e famílias, até agora a parte mais pobre de Deli que eu vi.


Tinha muita, muita, muita gente no lugar. Centenas de milhares. Por sermos estrangeiros, tínhamos um lugar exclusivo para ficarmos, assim como todos os gringos que também vieram para a Índia por conta do festival. Lá encontramos mais brasileiros e vimos bandeiras vindas dos quatro cantos do planeta.



Depois de discursos de pessoas importantes e autoridades de outros países, as apresentações de dança continuaram. O lugar parecia a Sapucaí do Rio de Janeiro durante o carnaval: arquibancadas e um corredor enorme com milhares de dançarinos meio. Cada um deles pertencia a um grupo vindo de algum país para dançar.


O Brasil passou vergonha nesse dia de encerramento. Enquanto todos estavam com fantasias muito bem produzidas, nosso país dançou de camiseta branca estampada com uma bandeira e calça.... Segundo a brasileira com quem conversamos, isso foi por causa de contratempos com os ensaios. Não éramos a terra do Carnaval?!

Na volta para casa, cruzando a ponte sobre o Rio Yumana junto com um batalhão de indianos, nos perdemos do menino do Afeganistão e da menina da Indonésia. Ela estava toda animada gravando tudo com sua câmera compacta que eu acho que se esqueceu da gente.


Para melhorar a situação, o dinheiro e o celular dela estavam na bolsa de uma das meninas. Logo, se ela não estivesse com o Mustafá estaria *udida de verde e amarelo (num português bem claro).

Chegamos a um consenso e decidimos pegar o metro para procura-los na estacão anterior. E para a nossa alegria, encontramos os dois lá: são e salvos (e rindo). Finalmente pudemos pegar o caminho de casa e ir descansar, afinal segunda-feira foi dia de ir trabalhar.

Por fim, deixo claro que não sei como nomear a naturalidade de alguém vindo da Indonésia. Até tentei usar o google, mas só complicou mais. Sei lá, indonesiana soou legal (mas o word está louco para corrigir a palavra). 

Menino indiano que pedi para fotografar
"Desenvolva o hábito de ser feliz. Ninguém pode fazer isso por você." - Sri Sri Ravi Shankar
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...