No dia 13/02/2016 fomos convidados para ir a um festival com
um colega indiano. O The World Culture
Festival 2016, que foi uma celebração de 35 anos de serviço, humanidade,
espiritualidade e valores humanos de um projeto chamado Art of living. O festival celebra durante três dias a diversidade
de culturas de todo o mundo, destacando simultaneamente a nossa unidade como
uma família humana.
Art of living está
presente em 155 países, é uma organização sem fins lucrativos, educacional e
humanitária fundada em 1981 pelo filantropo de renome mundial e líder
espiritual, Gurudev Sri Sri Ravi Shankar.
Aqui as pessoas realmente o idolatram e o consideram como alguém enviado por
Deus.
Sri Sri Rava Shankar (Foto: Reprodução) |
Para chegar lá pegamos um ônibus e o metro, depois fizemos
uma troca de linha, o que durou cerca de 1 hora. Minha cabeça
de vento fez com que eu esquecesse meu cartão de passagens em casa e tive que
comprar um token para poder pegar a linha. Aqui você passa o cartão na estação
de origem e no destino final, uma vez que o valor da passagem depende da
distância percorrida.
Chegando lá, andamos bastante e passamos por 4 revistas até
alcançar o lugar em que o evento estava acontecendo. Aqui existem revistas em
todos os lugares por conta de recentes atentados com bombas. Cruzamos campos
com pequenos barracos e famílias, até agora a parte mais pobre de Deli que eu
vi.
Tinha muita, muita, muita gente no lugar. Centenas de
milhares. Por sermos estrangeiros, tínhamos um lugar exclusivo para ficarmos,
assim como todos os gringos que também vieram para a Índia por conta do
festival. Lá encontramos mais brasileiros e vimos bandeiras vindas dos quatro
cantos do planeta.
Depois de discursos de pessoas importantes e autoridades de
outros países, as apresentações de dança continuaram. O lugar parecia a Sapucaí
do Rio de Janeiro durante o carnaval: arquibancadas e um corredor enorme com milhares
de dançarinos meio. Cada um deles pertencia a um grupo vindo de algum país para
dançar.
O Brasil passou vergonha nesse dia de encerramento. Enquanto
todos estavam com fantasias muito bem produzidas, nosso país dançou de camiseta
branca estampada com uma bandeira e calça.... Segundo a brasileira com quem
conversamos, isso foi por causa de contratempos com os ensaios. Não éramos a terra do Carnaval?!
Na volta para casa, cruzando a ponte sobre o Rio Yumana
junto com um batalhão de indianos, nos perdemos do menino do Afeganistão e da
menina da Indonésia. Ela estava toda animada gravando tudo com sua câmera compacta que eu acho que se esqueceu da gente.
Para melhorar a situação, o dinheiro e o celular dela
estavam na bolsa de uma das meninas. Logo, se ela não estivesse com o Mustafá
estaria *udida de verde e amarelo (num português bem claro).
Chegamos a um consenso e decidimos pegar o metro para procura-los
na estacão anterior. E para a nossa alegria, encontramos os dois lá: são e
salvos (e rindo). Finalmente pudemos pegar o caminho de casa e ir descansar, afinal
segunda-feira foi dia de ir trabalhar.
Por fim, deixo claro que não sei como nomear a naturalidade
de alguém vindo da Indonésia. Até tentei usar o google, mas só complicou mais.
Sei lá, indonesiana soou legal (mas o word está louco para corrigir a palavra).
Menino indiano que pedi para fotografar |
"Desenvolva o hábito de ser feliz. Ninguém pode fazer isso por você." - Sri Sri Ravi Shankar