domingo, 10 de abril de 2016

Soneto de separacao

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto


De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
Vinicius de Moraes


É engracado como o futuro assusta o ser humano. O constante medo do desconhecido e de mudancas nos faz querer fincar morada no passado, mesmo sabendo que nao alcancaremos exito em tal feito.

Essa semana foi marcadas por algumas - várias - despedidas. O primeiro grupo de interns já está desfalcado e logo mais cada um deles estará de volta à velha - e que da saudade! - zona de conforto de seu país natal. Eu continuarei aqui, vivendo um dia após o outro, lutando uma constante batalha com meus pensamentos. 

"E agora?!" Agora sigo adiante com meu hermano Colombiano por mais um mes, desta vez sem os mesmos colegas-de-perrengue de sempre.
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